sábado, 2 de abril de 2011

PATOLOGIA: Lesão Celular

As causas de lesões e doenças, conhecidas por agressões, são muito numerosas. Qualquer estímulo da natureza, dependendo de sua intensidade, do tempo, de ação e da constituição do organismo, que se resume na capacidade de reagir, pode produzir lesão.
Suas causas podem ser endógenas e exógenas. Mas nem todas as doenças ou lesões possuem causa conhecida, nestes casos é denominada criptogenética (cripto = escondido), idiopática (idios = próprio) ou essencial.
As lesões celulares podem ser Reversíveis, com restituição do equilíbrio (a morfostase e a homeostase) e, portanto, da normalidade, e Irreversíveis, cujo processo caminha para a morte celular. Ambos os termos constituem o grupo das Alterações Regressivas, ou seja, das lesões relacionadas com as alterações metabólicas celulares.
Como se trata de alterações metabólicas, os processos regressivos afetam, originalmente, os sistemas celulares vitais: respiração aeróbica, manutenção da integridade das membranas, síntese protéica e preservação do aparelho genético.
Quando o agente agressor entra em contato com a célula, uma intrincada cascata de reações bioquímicas se inicia em cada sistema celular atingido. A complexidade dessas reações é tal que é difícil precisar a relação da causa com o sistema celular lesado. Em muitos casos, mais de um desses sistemas é vulnerável à causa; em outras ocasiões, a própria célula atingida tem uma variação no seu grau de adaptação quanto à agressão; a própria duração e a intensidade desta, por sua vez, determinam diferentes reações nas células.
A hipóxia pode servir como ilustração das complicadas relações envolvidas nesses mecanismos de lesão, caracterizados, principalmente, por alteração metabólica na célula, por diminuir, invariavelmente, seus níveis energéticos, mantidos pelos sistemas vitais.
Significando carência de oxigenação, a hipóxia interfere diretamente na respiração aeróbica celular, levando, no início, a uma diminuição da fosforilação oxidativa e dos níveis de ATP. O pouco ATP disponível à célula induz a uma redução do seu metabolismo. Assim, os processos de síntese de proteínas esturturais e enzimáticas ficam comprometidos, o que leva a consequências nocivas à integridade das membranas e à preservação do aparelho genético.
Principais mecanismos de lesão:
  • Depleção de ATP
  • Radicais livres
  • Cálcio intracelular
  • Defeito na permeabilidade das membranas
  • Lesão mitocondrial
Características morfológicas:
das lesões reversíveis:
  • Perda das microvilosidade
  • Tumefação mitocondrial (algumas)
  • Bolhas na superfície celular
  • Dilatação do retículo endoplasmático
  • Tumefação celular → aumento das concentração de H2O, Na+ e Cl- e diminuição do K+
das lesões irreversíveis: está associada com a tumefação da mitocôndria (todas), lisossomos e lesão extensa da MP.

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